Programa Brasil Carinhoso nasce com déficit de creches
André Dusek/AE
"Dilma prometeu eliminar até o final do seu governo a pobreza extrema no Brasil "
Em entrevista, o ministro da Educação informou que 1507 creches estão sendo construídas e na cerimônia desta segunda-feira, 14, outras 1512 foram contratadas. Aloizio Mercadante justificou a demora na entrega das obras alegando que os prefeitos levam de um ano e meio a dois anos para conseguir construir uma creche, atrasando o cronograma. 'Mas, neste momento estamos até com um número maior do que o previsto', tentou comemorar o ministro, ao citar número de contratações. Segundo o ministro, o governo está buscando uma forma de acelerar estas construções porque 'não existe restrição orçamentária' para este programa.
Na solenidade, a presidente Dilma Rousseff anunciou que toda a família que tenha pelo menos uma criança de zero a seis anos vai receber uma renda mensal, por pessoa da família, de no mínimo R$ 70. Como será uma renda complementar, se a família já for beneficiada pelo Bolsa Família, ela receberá apenas a diferença, de forma que se chegue a este mínimo per capta de R$ 70. Dois milhões de pessoas que vivem na extrema pobreza serão beneficiadas pelo programa. Os recursos serão pagos por meio do Bolsa Família. O custo do programa, segundo a ministra do Desenvolvimento Social, Teresa Campelo, será de R$ 2 bilhões. Para os dois próximos anos, segundo Mercadante, serão gastos R$ 8 bilhões, sendo R$ 4 bilhões em cada ano, totalizando R$ 10 bilhões até 2014. De acordo com Teresa Campelo, com apenas uma medida, será possível reduzir em 40% a pobreza extrema do país.
Em seu discurso, a presidente Dilma prometeu eliminar até o final do seu governo a pobreza extrema no Brasil e disse que o País precisa ter compromisso não só com crescimento do seu PIB, mas também com o crescimento do nível de vida da população, com oferta de oportunidades iguais para todos os brasileiros. 'Nós temos de ter muito orgulho de termos esse foco social', disse a presidente acrescentando que 'o governo encontrou formas de conduzir com muita clareza e muita justeza, esse caminho de desenvolvimento social, uma ampla e inquestionável justiça social'. Para a presidente, é preciso ter 'modéstia' de saber que está em 'um terço deste caminho' de atendimento às famílias. 'Ainda falta muito a fazer', prosseguiu ela, acentuando que o Brasil 'não vai se conformar com uma situação que era característica do passado: a existência de dois `brasis''. Ela completou dizendo que 'este é um governo que não tem medo de enfrentar' os problemas do País.
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